Cátia – 13 anos

Detesta a escola. Quer dizer, se não fosse o português, a matemática, a físico-química, a geografia e a história; se não fosse a comida da cantina, os setôres parvos e o imbecil do porteiro, ela acha que a escola até era fixe! Também já gostou mais da dança-jazz do que gosta atualmente. E acha a mãe da Gabi e a mãe da Nata ‘umas secas’ de todo o tamanho. Ela não é cá para meias tintas – quando vai à ‘pesca’, tem de levar equipamento a condizer!

O que ela adora mesmo, são os rapazes. Todos? Não! O Mário Nunca!

Joana – 16 anos

Dizem as intriguistas que ela nunca deu um beijo de língua, mas ela jura a pés juntos que isso não é verdade. Afirma convictamente que já tem o seu historial. Começou aos 10 anos, imagine-se! Cresceu fiel a sólidos princípios de sã convivência e afirma que ‘monstros’ das amigas são uma espécie de rosas carregadas de espinhos – dá para olhar, mas não dá para tocar!

Lembra-se que, quando deu o primeiro beijo ‘à séria’, o banco era todo branquinho!

Leonor – 17 anos

Adora cinema. E literatura. Também escreve. Quer dizer, escrevinha umas coisas que mete na gaveta. Gosta de tirar fotografias, principalmente quando a cidade tem uma luz esplêndida. E dá tudo por uma boa conversa! Um dos seus temas preferidos é ‘o amor é…’. Tem ideias muito precisas sobre a importância das relações, o namoro, o compromisso e o casamento. Destrinça sexo de amor!

Sem perceber muito bem como, vê-se envolvida na sua primeira relação sexual!

Francisco – 16 anos

Bem constituído – 1,83 de ‘mau caminho’ –, já foi expulso de duas escolas. Os pais, sempre super-ocupados, preparam-se para metê-lo num colégio interno. Assim, resolvem dois problemas: veem livres dele e fazem dele um ‘homenzinho’. Simples. Complicados, foram os seus 14 anos. Escorraçado de todas as seitas da escola, atravessou um longo caminho até se encontrar. Afinal, tudo o que ele quer é o que todos querem – ser feliz.

Tudo por causa dos bíceps do Mané… 

Catarina – 15 anos

Quando fez 15 anos, o Jaime ofereceu-lhe uma ‘ganza’ que eles fumaram em conjunto. Foi uma experiência engraçada, mas ela não sabe se quer voltar a repetir, até porque não quer meter-se em assados que podem descambar para o torto. Naquele dia, em que ela convocou a Super-Girl, esqueceu-se do ensaio; a mãe pressentiu que algo de estranho se passava e o senhor Arnaldo calou-se muito bem caladinho, não vá, às vezes, meter o pé na argola.

Mas o que ela não gosta é que a apalpem sem o seu consentimento.

Marta – 17 anos

O pai é um completo desatino. Ela odeia-o! Ele sufoca-a. Com a teoria das bolas de sabão, ele dá cabo das cenas todas — as que ela está a viver e, pior, as que ela ainda não viveu. O pai acha que ela sofre de depressão e vai daí meteu-a na psicanálise, duas horas por dia, dois dias por semana! Odeia-o! Como se não bastasse ainda tem que frequentar um curso privativo de filosofia – só ele e ela! Para além disso, já não há pachorra para aturar a Teresinha!

Ah, mas ainda bem que surge na vida dela o Daniel Esteves…

Margarida – 18 anos

Sabedora dos regulamentos contra a gravidez, teve um grande azar – está grávida. Desconfia que o preservativo estava furado. A sorte dela é que tem a sorte de ter o pai mais compreensivo do mundo! Ou não! Entretanto, a tia Isabel teve um acidente de automóvel e está no hospital em estado de coma. A tia que sempre lhe deu CDs da melhor música portuguesa, acompanhado da recomendação do costume: “ouve e diz alguma coisa”.

“Acorda tia. Acorda… Eu já ouvi e tenho alguma coisa para te dizer”!